Agora quebrando um pouco o ritmo de textos criticos da politica e da sociedade, escreverei a respeito de um tema mais abstrato ainda, que requer mais tempo para reflexão...
Inspirei-me em várias situações hipotéticas e em alguns casos próximos para sintetizar um grande equívoco do qual muitos vêem mas não "enxergam":
A ignorância é de fato uma benção?
O não saber de fatos deprimentes, faz de alguém mais feliz?
A falta de conhecimento sobre fatores devastadores faz de alguém mais acomodado?
Ou será que é de extrema necessidade que todos tenham ciência da violenta e cruel realidade de tudo?
Um pai separado - que vive "na ignorância" por acreditar ter um filho de sangue- idolatra o filho único, este é a única coisa que ele tem na vida, já que sua mulher os abandonou por que tem outro companheiro... O pai tem um amor incomensurável pelo filho, e este se espelha no pai. Seria realmente digno e justo contar a verdade ao pai que aquele que ele chama de filho legítimo é na verdade filho de sua ex-mulher com o amante dela? O pai acreditou a vida inteira que ele era o pai biológico da criança, e de repente será murrado com a verdade na cara de que o filho não é dele.
Evidente que o amor que ele criou pelo filho não vai simplesmente sumir, mas todo mundo sabe que as coisas irão mudar...
Portanto, até que ponto é ético contar a verdade pra alguém? Não seria antiético acabar com a felicidade de alguém? Ou antiético seria ocultar uma informação tão significativa desse mesmo alguém? Oque você faria se fosse o encarregado de decidir entre contar ou não a verdade para o pai?
Um outro caso( esse é fictício ). Um rapaz superdotado vive infeliz na sua vida por deter de muito conhecimento e consequentemente ser consumido demasiadamente pelo seu trabalho. Apesar dele ter um potencial muito grande, ele desgosta de tal e admira o modo de vida de sua namorada( burra como uma porta), que embora não tenha o mesmo intelecto que ele, consegue ser muito mais feliz e satisfeita com a vida.
O homem, consegue dar um jeito de tomar remédios que danificam o cerébro, para que ele se torne mais incapacitado de compreender as coisas, achando que desse modo, ele pudesse olhar as simples coisas da vida sob outra ótica, a qual ele estimava.
Num primeiro momento, é normal que todos pensem: " Nossa mas que cara idiota! Jogar tudo que ele tem pela janela pra ser mais burro!?"
Mas depois eu percebi como as intenções dele eram belas, abrir mão de tudo que ele tinha conquistado, e perceber como isso o vinha prejudicando, para simplesmente ser mais feliz na "ignorância".
É inegável que aquele que vive no seu próprio mundo, e desconhece da realidade de muitos outros-apesar de viver na caverna( alegoria à caverna de Platão)- é mais feliz. No entanto, será que isso é realmente ignorância?
Admitindo-se que é impossivel ser plenamente feliz conhecendo todas as verdades possiveis, oque você escolheria, a verdade sobre todas as coisas, ou a felicidade própria?
PS: Apesar de ter optado por não colocar a minha opinião nesse texto, espero que esse renda um bom debate.
domingo, 13 de março de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
"Universidades Federais"
A expansão da educação superior conta com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) esse é um programa do governo federal iniciado em 2003 e com prévia para conclusão em 2012. Dentro desse programa houve uma série de metas estabelecidas para cada Universidade, que visam o crescimento de sua estrutura física, academica e pedagógica. A maioria das metas visam o aumento do número de cursos, vagas, e segundo o MEC: "Outras metas que têm o propósito de diminuir as desigualdades sociais no país".
O que pôde ser visto na última campanha presidencial foi o partido atual utilizando do REUNI como um projeto inovador e de grande contribuição para o ensino público do país, prometeram também continuar com esse crescimento e criticaram a oposição dizendo que eles iriam cortar esses investimentos. Na teoria é tudo muito bonito, mas como aluno de uma faculdade federal, uma das mais conceituadas faculdades do país, tenho aqui que dizer que as coisas não são exatamente assim.
Vamos para a primeira parte do problema, antes de entrar na parte trágica.A ideia do REUNI em si parece maravilhosa e de extrema benevolência ao sistema público de ensino superior com ao ideal de maior inclusão social, porém o que vi na prática na universidade, mais especificamente, na universidade onde estudo, foi que de fato todas essas medidas foram tomadas, só que faltou algo fundamental: estrutura necessária para isso, de forma com que se mantenha a qualidade.
O que isso quer dizer?
Isso quer dizer que ampliar o número de vagas, o número de cursos não adianta se a faculdade não ampliar seu número de profissionais, sua estrutura física e pedagógica. Apesar estar ocorrendo uma leve ampliação na estrutura física, nota-se que esta está muito lenta. Além disso, a contratação de professores está nula, e a compra de livros suficientes para atender a demanda de alunos também não está ocorrendo. E como as vagas aumentam, e não há professores contratados, as salas de aula estão cada vez mais cheias, os professores trabalhando cada vez mais, e o nível de qualidade das aulas vem caindo. Esse crescimento academico sem estrutura suficiente, se torna notável em diversas situações, como é o caso do curso de medicina na UFSCar, em que os alunos não conseguem se formar, pois não encontram vagas para residentes nos hospitais parceiros.
Outro problema se encontra no processo seletivo, com essa política de inclusão social um número abusivo de cotas são criadas, sendo que a meta para algumas universidades são de até 50% de vagas para cotistas para os próximos anos.E, considerando que o processo seletivo das federais é somente o ENEM por meio do SISU, os problemas só aumentam .Como podemos observar, nos ultimos anos o ENEM não vem se mostrando confiável. E o SISU vem apresentando sérios problemas. Resultado disso são alunos provenientes de cotas que entram extremamente despreparados para cursar a universidade.
Agora, nesse começo de 2011, recebo no meu email institucional da universidade, uma nota da reitoria anunciando que a presidentA da república, aquela mesmo que acusou que a oposição cortaria verbas das universidades, fez um corte orçamentário de 50 bilhões, e outro corte de 3 bilhões no ministério da educação. E tem mais: Os concursos para a contratação de 98 vagas para professores efetivos foi cancelado, mantendo-se apenas o concurso para professores substitutos.
Acaba-se então com a meta do tão aclamado REUNI.
Em suma, logo depois das eleições, as primeiras medidas que foram tomadas foram um tanto interessantes: Aumento abusivo de salário de parlamentares, aumento ínfimo do salário mínimo, corte demasiado no orçamento das federais, acabando com as metas do tão inovador REUNI Qual será os futuros das federais?
Acabarão como o ensino básico federal?
Veremos o que o futuro nos dirá...
O que pôde ser visto na última campanha presidencial foi o partido atual utilizando do REUNI como um projeto inovador e de grande contribuição para o ensino público do país, prometeram também continuar com esse crescimento e criticaram a oposição dizendo que eles iriam cortar esses investimentos. Na teoria é tudo muito bonito, mas como aluno de uma faculdade federal, uma das mais conceituadas faculdades do país, tenho aqui que dizer que as coisas não são exatamente assim.
Vamos para a primeira parte do problema, antes de entrar na parte trágica.A ideia do REUNI em si parece maravilhosa e de extrema benevolência ao sistema público de ensino superior com ao ideal de maior inclusão social, porém o que vi na prática na universidade, mais especificamente, na universidade onde estudo, foi que de fato todas essas medidas foram tomadas, só que faltou algo fundamental: estrutura necessária para isso, de forma com que se mantenha a qualidade.
O que isso quer dizer?
Isso quer dizer que ampliar o número de vagas, o número de cursos não adianta se a faculdade não ampliar seu número de profissionais, sua estrutura física e pedagógica. Apesar estar ocorrendo uma leve ampliação na estrutura física, nota-se que esta está muito lenta. Além disso, a contratação de professores está nula, e a compra de livros suficientes para atender a demanda de alunos também não está ocorrendo. E como as vagas aumentam, e não há professores contratados, as salas de aula estão cada vez mais cheias, os professores trabalhando cada vez mais, e o nível de qualidade das aulas vem caindo. Esse crescimento academico sem estrutura suficiente, se torna notável em diversas situações, como é o caso do curso de medicina na UFSCar, em que os alunos não conseguem se formar, pois não encontram vagas para residentes nos hospitais parceiros.
Outro problema se encontra no processo seletivo, com essa política de inclusão social um número abusivo de cotas são criadas, sendo que a meta para algumas universidades são de até 50% de vagas para cotistas para os próximos anos.E, considerando que o processo seletivo das federais é somente o ENEM por meio do SISU, os problemas só aumentam .Como podemos observar, nos ultimos anos o ENEM não vem se mostrando confiável. E o SISU vem apresentando sérios problemas. Resultado disso são alunos provenientes de cotas que entram extremamente despreparados para cursar a universidade.
Agora, nesse começo de 2011, recebo no meu email institucional da universidade, uma nota da reitoria anunciando que a presidentA da república, aquela mesmo que acusou que a oposição cortaria verbas das universidades, fez um corte orçamentário de 50 bilhões, e outro corte de 3 bilhões no ministério da educação. E tem mais: Os concursos para a contratação de 98 vagas para professores efetivos foi cancelado, mantendo-se apenas o concurso para professores substitutos.
Acaba-se então com a meta do tão aclamado REUNI.
Em suma, logo depois das eleições, as primeiras medidas que foram tomadas foram um tanto interessantes: Aumento abusivo de salário de parlamentares, aumento ínfimo do salário mínimo, corte demasiado no orçamento das federais, acabando com as metas do tão inovador REUNI Qual será os futuros das federais?
Acabarão como o ensino básico federal?
Veremos o que o futuro nos dirá...
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
"Jornalismo popular"
Esse vídeo é uma excelente paródia de um estilo de jornalismo muito comum no nosso país.O conhecido "Jornalismo popular", este é caracterizado por um apresentador, conhecido como âncora, que comenta as notícias trazidas em primeira mão através da sua equipe de jornalistas.
Definição de jornalismo segundo a Wikipédia:
"Jornalismo é a actividade profissional que consiste em noticiar dados factuais e divulgar informações sob a forma de som, texto ou imagem(...)Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista"
Mas existe um detalhe muito importante nesse processo.Irformações, mesmo verdadeiras, podem ser manipuladas a fim de nos passar uma impressão que, eventualmente, não correspode com a realidade dos fatos. Duvida disso?
Essa é uma propaganda do jornal Folha de São Paulo, premiado, que mostra exatamente essa situação. Vemos pessoas que se auto denominam jornalistas, e que afirmam ter um compromisso com a verdade, porém na prática a coisa acaba sendo um pouco diferente.É muito importante para o exercício ético da prática do jornalismo, que os fatos cheguem ao expectator de forma verdadeira e limpos para que possam ser julgados de forma correta.
Pórem, esses jornalistas ao "comentar" esses fatos, mostram sua opinião abertamente, com direito a vários: "Eu acho";E de forma enérgica, pegando o público despreparado, e "ganhando" os mesmos. Há Pessoas que encontram problemas e afirmam falsas verdades dispersando uma infinidade de boatos, que por causa da grande visibilidade, são tomados como reais.
Peguemos como exemplo o caso da menina Isabela Nardoni, que foi atirada das janelas pelo próprio pai. Hoje podemos afirmar isso, pois a justiça chegou à essa conclusão a partir de uma investigação e depois de um julgamento.Porém, muito antes de a justiça tirar essa conclusão a partir de dados que só a polícia conhecia, grande parte da população ja tinha como certo que ele era culpado; e se pararmos para pensar, será que ele é mesmo culpado?Pois afinal o caso foi a juri popular, e o senso comum ja não estava neutro, tendia a tomá-lo como culpado. mas não cabe a mim essa reflexão, afinal, devemos confiar na justiça
Mas porque a população, sem o conhecimento dos fatos, ja tinha essa certeza?Simples, por causa do "Jornalismo investigativo".Alguns canais chegaram a ocupar mais de 12 horas de sua programação diária para "discutir" o caso.E como na paródia, eles não tinham informações, fatos concretos para tirar conclusões.Então surgiram rumores, baseadas nas opiniões desses "jornalistas", de forma absolutamente tendenciosa, pra tornar o caso hediondo, e conseguir mais comoção popular, consequentemente audiencia.E isso acontece todos os dias em alguns canais, com vários casos.
Isso pra não citar os apresentadores preconceituosos, como o caso do apresentador José Luiz Datena, que disse abertamente, sem medo de consequencia alguma, que pessoas sem fé, ateus, são todos criminosos, que quem não tem Deus no coração, não tem uma conduta moral.Que deveriam ser todos presos.
Enquanto figuras como essa, ganham cada vez mais visibilidade, vemos que jornalistas sérios são afastados da visibilidade da massa.Como o caso de José Hamilton Ribeiro, jornalista da rede globo que esteve fazendo a cobertura da guerra do Vietnã, onde la sofreu um acidente e perdeu uma perna.Autor de quinze livros e ganhador de vários premios.Com toda essa história e competencia, a rede Globo o coloca como redator do programa Globo Rural.Ou o caso de Pedro Bial, excelente cronista, autor de reportagens maravilhosas, como a cobertura da queda do muro de Berlin.Hoje em dia, somente apresenta o Big Brother Brasil
Qual será o problema?
Seria a descarada intenção de manipular os fatos a favor dos interesses das empresas que controlam a mídia?Ou seria porque esse tipo de jornalismo da mais audiencia?
Definição de jornalismo segundo a Wikipédia:
"Jornalismo é a actividade profissional que consiste em noticiar dados factuais e divulgar informações sob a forma de som, texto ou imagem(...)Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista"
Mas existe um detalhe muito importante nesse processo.Irformações, mesmo verdadeiras, podem ser manipuladas a fim de nos passar uma impressão que, eventualmente, não correspode com a realidade dos fatos. Duvida disso?
Essa é uma propaganda do jornal Folha de São Paulo, premiado, que mostra exatamente essa situação. Vemos pessoas que se auto denominam jornalistas, e que afirmam ter um compromisso com a verdade, porém na prática a coisa acaba sendo um pouco diferente.É muito importante para o exercício ético da prática do jornalismo, que os fatos cheguem ao expectator de forma verdadeira e limpos para que possam ser julgados de forma correta.
Pórem, esses jornalistas ao "comentar" esses fatos, mostram sua opinião abertamente, com direito a vários: "Eu acho";E de forma enérgica, pegando o público despreparado, e "ganhando" os mesmos. Há Pessoas que encontram problemas e afirmam falsas verdades dispersando uma infinidade de boatos, que por causa da grande visibilidade, são tomados como reais.
Peguemos como exemplo o caso da menina Isabela Nardoni, que foi atirada das janelas pelo próprio pai. Hoje podemos afirmar isso, pois a justiça chegou à essa conclusão a partir de uma investigação e depois de um julgamento.Porém, muito antes de a justiça tirar essa conclusão a partir de dados que só a polícia conhecia, grande parte da população ja tinha como certo que ele era culpado; e se pararmos para pensar, será que ele é mesmo culpado?Pois afinal o caso foi a juri popular, e o senso comum ja não estava neutro, tendia a tomá-lo como culpado. mas não cabe a mim essa reflexão, afinal, devemos confiar na justiça
Mas porque a população, sem o conhecimento dos fatos, ja tinha essa certeza?Simples, por causa do "Jornalismo investigativo".Alguns canais chegaram a ocupar mais de 12 horas de sua programação diária para "discutir" o caso.E como na paródia, eles não tinham informações, fatos concretos para tirar conclusões.Então surgiram rumores, baseadas nas opiniões desses "jornalistas", de forma absolutamente tendenciosa, pra tornar o caso hediondo, e conseguir mais comoção popular, consequentemente audiencia.E isso acontece todos os dias em alguns canais, com vários casos.
Isso pra não citar os apresentadores preconceituosos, como o caso do apresentador José Luiz Datena, que disse abertamente, sem medo de consequencia alguma, que pessoas sem fé, ateus, são todos criminosos, que quem não tem Deus no coração, não tem uma conduta moral.Que deveriam ser todos presos.
Enquanto figuras como essa, ganham cada vez mais visibilidade, vemos que jornalistas sérios são afastados da visibilidade da massa.Como o caso de José Hamilton Ribeiro, jornalista da rede globo que esteve fazendo a cobertura da guerra do Vietnã, onde la sofreu um acidente e perdeu uma perna.Autor de quinze livros e ganhador de vários premios.Com toda essa história e competencia, a rede Globo o coloca como redator do programa Globo Rural.Ou o caso de Pedro Bial, excelente cronista, autor de reportagens maravilhosas, como a cobertura da queda do muro de Berlin.Hoje em dia, somente apresenta o Big Brother Brasil
Qual será o problema?
Seria a descarada intenção de manipular os fatos a favor dos interesses das empresas que controlam a mídia?Ou seria porque esse tipo de jornalismo da mais audiencia?
domingo, 6 de fevereiro de 2011
"É culpa do Povo!"
É de conhecimento de todos que faz parte da cultura brasileira falar mal de seus políticos e generalizá-los como ladrões -os famosos "bandidos de colarinho branco"- .Cada cidadão brasileiro, tem na ponta da lingua os discursos: "O povo não sabe votar!" ou "O povo é ignorante, só votam em palhaços e coisas do tipo".
As sociedade insiste basicamente em culpar o povo:"o povo é sem educação, por isso que nossas ruas são sujas"; "o povo não tem respeito, por isso que acontecem acidentes e brigas"; "o povo só pensa em si mesmo, por isso que não se pode confiar em ninguem aqui no Brasil."
Um dia, eu e um amigo ficamos intrigados com esse tipo de discurso, e então decidimos ir atrás desse tal de "povo" e tirar satisfações com ele, afinal de contas, ele é o culpado de tudo. Um fato um tanto irônico já que reclamamos do "povo" e nem ao menos paramos pra pensar o que e quem ele é de fato. A população tem esse costume de tratar do povo brasileiro como uma entidade da qual ele(a) mesmo(a) não faz parte.
Concluimos, portanto, que uma das principais marcas do povo brasileiro é justamente o famoso "jeitinho brasileiro", este por sua vez é caracterizado pela abstenção da culpa, pelo individualismo latente, no qual o "viver as custas de outro" é sinônimo de esperteza, e é motivo para todos se orgulharem dessa aparente sagacidade.
E esse tal orgulho pode ser visto também no ramo futebolístico e também no ramo carnavalesco: "A política é uma droga, mas somos penta!" ; "A justiça é cega, mas em fevereiro tem carnaval!"
Lamentavelmente, a nossa cultura também prega o trabalho demasiado como algo negativo e desvaloriza trabalhos que merecem um maior reconhecimento, como o do professor por exemplo;
E a incoerência está justamente nesse ponto, visto que ao mesmo tempo em que o povo se enche de orgulho por diversas futilidades, achando que tem algum caráter de espírito nacionalista, ele continua criticando o próprio país e a própria nação: "Filmes nacionais são uma porcaria! Tudo que é de fora é melhor";"Importado é bom, nacional nem tanto.."Mas nós somos patriotas, nosso futebol é o melhor e carnaval a maior festa!"
Enfim, após toda essa reflexão, colocando tudo isso na balança, resolvi pensar sobre a famosa questão política.Porque será que nossos políticos são incopetentes como todos dizem? E a resposta é simples: porque eles são exatamente o reflexo do "povo". Nesse contexto cultural, acaba sendo muito comum ver um brasileiro acusando um político de ladrão corrupto, quando na verdade esse mesmo brasileiro ao ver um estrangeiro perdendo a carteira na praia dificilmente devolveria com todo o dinheiro dentro, ou dificilmente devolveria o troco que veio a mais de uma compra que fez. Já é evidente que os políticos, assim como a população geral do Brasil, compartilham do mesmo comportamento, já que eles também fazem parte da nossa cultura e compartilham do mesmo ''jeitinho'', tão adorado por todos.
Então antes de criticar e insultar sua nação, olhe para si mesmo.Se luta ou espera um país melhor, comece você agindo. Todos sabem que enquanto a educação e a moral não estiverem consolidadas em nossa cultura todas as camadas vão sofrerão com os inúmeros problemas sociais. E o melhor de tudo é que a maioria das pessoas já tem consciência disso, mas está muito mais confortável aqui em casa, assistindo ao Big Brother, sabe como é né, não estamos afim de ficar brigando com o "povo" para "eles" mudarem suas cabeças...e assim vamos indo...
As sociedade insiste basicamente em culpar o povo:"o povo é sem educação, por isso que nossas ruas são sujas"; "o povo não tem respeito, por isso que acontecem acidentes e brigas"; "o povo só pensa em si mesmo, por isso que não se pode confiar em ninguem aqui no Brasil."
Um dia, eu e um amigo ficamos intrigados com esse tipo de discurso, e então decidimos ir atrás desse tal de "povo" e tirar satisfações com ele, afinal de contas, ele é o culpado de tudo. Um fato um tanto irônico já que reclamamos do "povo" e nem ao menos paramos pra pensar o que e quem ele é de fato. A população tem esse costume de tratar do povo brasileiro como uma entidade da qual ele(a) mesmo(a) não faz parte.
Concluimos, portanto, que uma das principais marcas do povo brasileiro é justamente o famoso "jeitinho brasileiro", este por sua vez é caracterizado pela abstenção da culpa, pelo individualismo latente, no qual o "viver as custas de outro" é sinônimo de esperteza, e é motivo para todos se orgulharem dessa aparente sagacidade.
E esse tal orgulho pode ser visto também no ramo futebolístico e também no ramo carnavalesco: "A política é uma droga, mas somos penta!" ; "A justiça é cega, mas em fevereiro tem carnaval!"
Lamentavelmente, a nossa cultura também prega o trabalho demasiado como algo negativo e desvaloriza trabalhos que merecem um maior reconhecimento, como o do professor por exemplo;
E a incoerência está justamente nesse ponto, visto que ao mesmo tempo em que o povo se enche de orgulho por diversas futilidades, achando que tem algum caráter de espírito nacionalista, ele continua criticando o próprio país e a própria nação: "Filmes nacionais são uma porcaria! Tudo que é de fora é melhor";"Importado é bom, nacional nem tanto.."Mas nós somos patriotas, nosso futebol é o melhor e carnaval a maior festa!"
Enfim, após toda essa reflexão, colocando tudo isso na balança, resolvi pensar sobre a famosa questão política.Porque será que nossos políticos são incopetentes como todos dizem? E a resposta é simples: porque eles são exatamente o reflexo do "povo". Nesse contexto cultural, acaba sendo muito comum ver um brasileiro acusando um político de ladrão corrupto, quando na verdade esse mesmo brasileiro ao ver um estrangeiro perdendo a carteira na praia dificilmente devolveria com todo o dinheiro dentro, ou dificilmente devolveria o troco que veio a mais de uma compra que fez. Já é evidente que os políticos, assim como a população geral do Brasil, compartilham do mesmo comportamento, já que eles também fazem parte da nossa cultura e compartilham do mesmo ''jeitinho'', tão adorado por todos.
Então antes de criticar e insultar sua nação, olhe para si mesmo.Se luta ou espera um país melhor, comece você agindo. Todos sabem que enquanto a educação e a moral não estiverem consolidadas em nossa cultura todas as camadas vão sofrerão com os inúmeros problemas sociais. E o melhor de tudo é que a maioria das pessoas já tem consciência disso, mas está muito mais confortável aqui em casa, assistindo ao Big Brother, sabe como é né, não estamos afim de ficar brigando com o "povo" para "eles" mudarem suas cabeças...e assim vamos indo...
sábado, 5 de fevereiro de 2011
"Eita povinho acomodado"
É maravilhosamente incrivel como esse assunto vem à tona quando há uma manifestação popular sendo divulgada em todo tipo de imprensa. Todos já tem ciência a respeito do grande protesto egípcio iniciado dia 25 de janeiro de 2011 que esta durando até hoje, esse por sua vez chamou muito a minha atenção devido ao engajamento popular na luta pela democracia e pela liberdade.
É simplesmente admirável como muitos estão até mesmo sacrificando suas vidas em prol do bem estar social, os ideais desse povo são fascinantes. E eu, jovem brasileira, curiosamente acabo me fascinando por tais ideais porque eles simplesmente fogem muito da minha realidade, o comodismo social e a alienação proporcionam uma afastamento dos valores altruístas e solidários da sociedade, acarretando no individualismo exacerbado e na ausência do pensamento coletivo.
Sim, para o ignorante povo brasileiro é infinitamente mais fácil ficar em casa em sua zona de conforto, do que sair às ruas protestar e lutar por um governo mais justo e menos corrupto, pode-se notar ai uma colaboração muitas vezes inconsciente para a politica do pão e circo.
E então eu me pergunto: onde será que está o problema? Na cultura? Na cabeça do povo? No poder administrativo? Na mídia? Na educação precária?
Deveriamos nos espelhar em países como o Egito, que estão nas ruas lutando por seus ideais, porque apesar da luta estar sendo dolorosa hoje, não há duvida de que os frutos a serem colhidos serão preciosos.
Muitos também sabem como é revoltante a situação de nosso país, mas o mais revoltante é o silêncio dos brasileiros perante aqueles que querem melhorar o Brasil.
Evidentemente que uma única pessoa é impotente de revolucionar o país, mas eu tenho certeza de que se houver um significante apoio de pessoas com os mesmos ideias, o movimento crescerá, a impotência será transformada em atitude e o nosso país será digno de inspiração para outros países trangressores.
Sim, para o ignorante povo brasileiro é infinitamente mais fácil ficar em casa em sua zona de conforto, do que sair às ruas protestar e lutar por um governo mais justo e menos corrupto, pode-se notar ai uma colaboração muitas vezes inconsciente para a politica do pão e circo.
E então eu me pergunto: onde será que está o problema? Na cultura? Na cabeça do povo? No poder administrativo? Na mídia? Na educação precária?
Deveriamos nos espelhar em países como o Egito, que estão nas ruas lutando por seus ideais, porque apesar da luta estar sendo dolorosa hoje, não há duvida de que os frutos a serem colhidos serão preciosos.
Muitos também sabem como é revoltante a situação de nosso país, mas o mais revoltante é o silêncio dos brasileiros perante aqueles que querem melhorar o Brasil.
Evidentemente que uma única pessoa é impotente de revolucionar o país, mas eu tenho certeza de que se houver um significante apoio de pessoas com os mesmos ideias, o movimento crescerá, a impotência será transformada em atitude e o nosso país será digno de inspiração para outros países trangressores.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
O início
Bem, este blog será usado para a publicação de idéias de cunho filosófico, sociológicos, antropológicos, politicos e na medida que houver maior divulgalção dessas, os tópicos serão ampliados
Esperamos que aproveitem e debatam sobre os assuntos, pois nosso objetivo é causar a reflexão sobre os mais diversos temas.E por favor, nos ajudem a divulgar essa idéia.
Esperamos que aproveitem e debatam sobre os assuntos, pois nosso objetivo é causar a reflexão sobre os mais diversos temas.E por favor, nos ajudem a divulgar essa idéia.
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